Clube "axadrezado" necessita de 900 mil euros para entrar nas competições nacionais
Álvaro Braga Júnior fez esta revelação na conferência de imprensa após a Assembleia Geral da SAD efectuada no Estádio do Bessa, no Porto, em que foram aprovadas, apenas com um voto contra e uma abstenção, as contas referentes ao exercício de 2007/2008.
O dirigente afirmou que expôs “claramente” aos accionistas a situação actual do Boavista e especificou que são precisos “meio milhão de euros” só para inscrever e pôr a equipa a disputar a II divisão nacional”, o que implica levantar “alguns impedimentos” legais.
Acresce que o Boavista precisa de mais cerca de 360 mil só para pagar a jogadores, técnicos e outros elementos durante toda a época, referiu também Braga Júnior, revelando que em breve iniciará “um périplo por uma dúzia de empresas”, com vista a tentar mobilizar os meios financeiros de que o Boavista necessita a curto prazo.
“Gostaria de ter a casa toda arrumada até ao fim de Julho”, sublinhou Braga Júnior, advertindo que este é o ano do tudo ou nada para o Boavista, a braços com um profunda crise financeira ainda sem fim à vista.
Apesar de todas as dificuldades, o presidente boavisteiro acredita que “é possível” reunir aquela verba. Se tal não acontecer, a sua conclusão é que a região e a cidade estão afinal de costas voltadas para o clube.
As contas relativas a 2007/2008 apresentam um resultado negativo de aproximadamente 1,5 milhões de euros, “mas só em 74.000 euros se ficam a dever ao exercício, pois o restante ficou a dever-se a salários em atraso a administradores, jogadores, técnico e outros funcionários”, frisou Braga Júnior.
Em declarações prestadas à comunicação social, no final da AG, Álvaro Braga Júnior destacou o carácter “tripartido” deste exercício, na medida em que abrangeu a sua própria gestão da SAD, a do anterior presidente, Joaquim Teixeira, e a do antecessor deste, João Loureiro.
“Conseguimos baixar o passivo da SAD em cerca de 1,5 milhões de euros. No final de 2008, era de 29 milhões de euros”, frisou também o dirigente.
Fonte: Lusa