sábado, 11 de julho de 2009

Ao que nós chegamos...

Assembleia do Boavista cheia de incidentes

Foi bastante tumultuoso o início da assembleia geral do Boavista, destinada a dar o aval à candidatura do actual presidente, Álvaro Braga Junior, e que culminou em agressões e insultos entre a "família" axadrezada.

Em princípio, seria mais um plenário entre os muitos que se têm realizado, ultimamente, no clube do Bessa. Desta vez, ele fora convocado para legitimar o exercício das funções do actual líder da SAD, posto que, para alguns, ele vivia numa situação antiestatutária.

Só que, bem cedo, começou a confusão quando o vice-presidente para as Obras e Instalações, Rui Gonçalo, foi agredido pelo funcionário, Miguel Silva.

Ouvido pelo JN, aquele dirigente minimizou a situação optando por um discurso apaziguador: "Não comento isso. Bem mais grave é a situação do clube. Isso é que preocupa. O que houve está ultrapassado".

Para ilustrar este estado de espírito, Rui Gonçalo admite continuar na próxima Direcção, mas com outro cargo: "Não deve aparecer mais nenhuma lista, pois, se houvesse, já tinham dado a cara. Ou, então, só apareceria se o clube estivesse bem. Assim, fogem todos. O Boavista precisa, agora mais do que nunca, de união".

Jorge Trabuco, antigo director no tempo de Valentim Loureiro, sofreu uma tentativa de agressão, enquanto o actual administrador Manuel Barbosa foi enxovalhado, abandonando uma assembleia que teria cerca de 300 associados.

Saiu em sua defesa o antigo chefe do futebol, Hernâni Ascensão, que lembrou aos mais novos a figura daquele que foi o "brilhante capitão" do Boavista e "era e é um dos porta-estandartes do clube" e que, por isso, merecia mais respeito.

Na mesma linha de censurar os incidentes está Eduardo Matos, presidente da Associação de Amigos do Boavista, que disse ao JN que pessoas de bem "não podem pactuar com actos de arruaceiros e de intimidação."

"Foram desmandos condenáveis e que intimidaram a assembleia. Inclusive, deveria haver procedimento para com o responsável da agressão. Não pode haver impunidade. Por mim, estou solidário com Rui Gonçalo. Fui insultado embora apoiasse a legitimação do presidente", desabafou.

Carlos Pereira, com muitos anos de sócio, referiu que, embora já tenha assistido a muitos plenários, "nunca tinha visto uma coisa daquelas."

No final, cerca da uma hora da madrugada, os sócios ratificaram a candidatura de Álvaro Braga Junior, estando as eleições agendadas para a primeira semana de Agosto, com o período eleitoral a decorrer até 24 de Julho.

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